quarta-feira, 13 de março de 2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Programa dos 12 Passos na recuperação da Toxicodependência e Alcoolismo


 Os 12 Passos são o núcleo do programa de recuperação individual de alcoólicos e toxicodependentes. Não são teorias abstratas; baseiam-se na experiência dos primeiros membros de AA (Alcoólicos Anónimos) que lá chegaram por tentativas, umas bem sucedidas e outras falhadas. Descrevem a atitude e as actividades que esses primeiros membros acharam importantes para alcançarem a sobriedade. aceitar os 12 Passos não é, de forma nenhuma, obrigatório. "É para quem quer, não é para quem precisa!"
No entanto, a experiência sugere que os membros que se esforçam honestamente por seguir estes Passos e por aplicá-los na sua vida diária, vão muito mais longe do que aqueles que apenas os encaram com ligeireza.
Tem-se dito que é impossível seguir à letra todos os Passos no dia-a-dia. Embora isto possa ser verdade, na medida em que os 12 Passos refletem uma aproximação à vida que é totalmente nova para a maioria dos adictos, muitos elementos em recuperação sentem que os Passos são uma necessidade prática para manterem a sua sobriedade. 


1º - Eu NÃO consigo!
"ADMITIRMOS que éramos IMPOTENTES perante o álcool, tínhamos perdido DOMÍNIO sobre nossas vidas".
2º - Alguém CONSEGUE,
"Viemos a acreditar que um PODER SUPERIOR a nós mesmos poderia nos devolver a Sanidade".
3º - Se eu DEIXAR.
"DECIDIMOS ENTREGAR nossa vontade e nossa vida aos CUIDADOS DE DEUS, na forma que O concebíamos".
4º - EU sou assim,
"O Inventário = aprender a GOSTAR do AMIGO DO ESPELHO".
5º - Ficas a SABER
"ADMITO perante Deus, nós mesmos e outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas".
6º - Preciso de MUDAR defeitos e costume,
"Estou PRONTO a deixar a Deus remover esse defeitos".
7º - Peço AJUDA para o fazer.
"Humildemente ROGO que ELE me livre das imperfeições".
8º - Quem PREJUDIQUEI?
"Reparação dos danos Causados".
9º - Que vou FAZER com isso?
Faço reparações, Faço as pazes:
10º - HOJE foi assim,
"Continuamos fazendo o Inventário Pessoal - e, quando errados, nós os admitimos prontamente".
11º - Amanhã será DIFERENTE,
"Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus... Rogando apenas o conhecimento de Sua Vontade em relação a nós, e forças para realizar essa Vontade".
12º - Junta-te a NÓS!
"Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, 
procuramos transmitir esta mensagem aos dependentes,

 e praticar estes princípios em todas as nossas atividades".

Prevenção das (Toxico)Dependências - Conselhos para Pais

Prevenir em Família

  • Informe sobre os efeitos do álcool e outras drogas;
  • Dê o exemplo: hábitos de vida saudáveis (alimentação, desporto, lazer);
  • Invista na qualidade da vivência familiar;
  • Envolva-se com a escola;
  • Esteja atento a alguns sinais;
  • Contacte serviços especializados logo aquando das primeiras suspeitas.

Esteja atento:

  • Podem existir pequenas alterações no comportamento do seu filho:
  • Instabilidade emocional, momentos de grande passividade alternados com outros de grande agressividade;
  • Isolamento e secretismo;
  • Desinteresse e desmotivação em relação às actividades escolares, profissionais, desportivas;
  • Quebra de rendimento escolar ou profissional;
  • Faltas e/ou atrasos frequentes na escola e/ou no emprego;
  • Dispersão, dificuldade de concentração, de memória ou de raciocínio; 
  • Insistentes pedidos de dinheiro e frequentes desculpas sobre objectos perdidos ou roubados;
  • Posse de objectos estranhos: filtros de cigarro, mortalhas, pratas queimadas, tubos de papel chamuscado, colheres queimadas, comprimidos.

Como abordar o assunto?

  • Não dramatize;
  • Não ameace;
  • Não critique, julgue ou ridicularize;
  • Não dê demasiados conselhos ou mostre que tem resposta para tudo;
  • Mostre que notou uma mudança no seu comportamento;
  • Fale abertamente com o seu filho sem acusações ou culpas;
  • Seja coerente no que diz e no que faz depois;
  • Procure ajuda…

Não cometa erros. Não vai ajudar!

  • Não exprimir visões extremistas nem juízos de valor nos assuntos controversos e "difíceis";
  • Não ter preconceitos face à idade e ao género (por exemplo: "não tens idade para falar sobre isso!");
  • Mostrar-se disponível para responder às questões tanto em termos de tempo como de atitude;
  • Encorajar a discussão, iniciando-a de forma descontraída, tornando o assunto casual;
  • Tolerar a diferença;
  • Ser honesto sobre o nível do seu conhecimento e não ter receio de indicar outras fontes de conhecimento, no caso de não conseguir responder às perguntas;
  • Estar preparado para apoiar o desejo de saber do seu filho, mesmo que, para isso, tenha de enfrentar o ridículo ou a oposição de outros adultos;
  • Respeitar a privacidade do seu filho em todas as suas formas;
  • Não divulgar informações confidenciais quando partilhadas pelo seu filho.

Pistas


  • Fazer-lhe ver que está disponível para o ajudar a tratar-se (e nunca para o ajudar a comprar droga);
  • Dar-lhe afecto e compreensão (mas sempre recusando ajudá-lo a consumir ou a destruir a sua própria vida familiar e profissional);
  • Dialogar e reflectir em conjunto;
  • Impor um mínimo de regras ou disciplina em casa;
  • Aplaudir pequenos sucessos;
  • Não acreditar nos "charlatães" que prometem curas numa semana e, pelo contrário, assumir que a recuperação é um processo de meses ou anos...

Ajude o seu filho em 10 passos:

  1. Aprenda a ouvir realmente o seu filho;
  2. Converse com o seu filho sobre o álcool e todas as outras drogas;
  3. Ajude o seu filho a sentir-se bem consigo próprio;
  4. Ofereça ao seu filho um bom exemplo;
  5. Ajude o seu filho a desenvolver valores firmes e adequados;
  6. Ajude o seu filho a enfrentar a pressão dos companheiros;
  7. Estabeleça normas familiares que ajudem o seu filho a dizer não;
  8. Incentive as actividades recreativas;
  9. Ajude o seu filho a decidir;
  10. Actue como mãe/pai e como cidadão.



Encontro/debate analisou aspectos de pobreza e exclusão social no concelho de Carregal do Sal


Promovido pelo Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva, de Cabanas de Viriato, realizou-se no dia 5 de Dezembro de 2008, à tarde, um encontro/debate sobre Pobreza e Exclusão Social nas Nossas Comunidades, subordinado ao tema Os Deserdados da Sorte.

Para o efeito, foi constituído um alargado painel de oradores, moderado por Luís Fidalgo, presidente da Direcção do Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva, e participado por João Cruz, director-adjunto do Centro Distrital da Segurança Social de Viseu; Atílio Nunes, presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal; Valmor Mercolin, vigário paroquial de Cabanas de Viriato e Beijós; Carmo Sá, presidente da Comissão de Menores e Jovens em Risco de Viseu; Marília Pêga, técnica superior/chefe da Divisão de Acção Social da Câmara Municipal de Carregal do Sal; Cristina Martins, presidente da Assembleia-Geral do Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva; Marta Santos, directora da Clínica de Recuperação e Tratamento da Toxicodependência de Carregal do Sal; Alexandra Cardoso, psicóloga clínica em estágio no Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva; e Anabela Abrantes, coordenadora do Centro alimentar Contra a Pobreza de Carregal do Sal.
Como o classificou Luís Fidalgo, ao iniciar as intervenções, o encontro funcionou como uma sessão de trabalho, de forma a obterem-se algumas conclusões sobre o tema em causa. Por isso mesmo, a assistência era composta maioritariamente por representantes das IPSS do concelho e por alunos de um curso de Técnico de Acção Educativa, com equivalência do 12.º ano, a decorrer no Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva.
Dessas conclusões, e depois de terem sido identificados casos de alcoolismo, toxicodependência, pobreza e exclusão social, sobressaiu a necessidade de se criar uma plataforma em rede, do género da Rede Social do Concelho, que possa responder a situações que não se compadecem com soluções a longo prazo, por exemplo, à espera de aprovação de candidaturas a apoios sociais.
Casos houve que levantaram algum incómodo, como a reivindicação de Pe. Valmor Mercolinde apoio superior aos actuais 50% da Segurança Social à Cáritas de Beijós, declarando que já ficaria satisfeito se se refizer o acordo para apoio de 70%. A juntar a isso, queixou-se que foram recusados os projectos da Cáritas de Beijós de candidatura ao programa PARES e que a mesma não foi contemplada nos últimos orçamentos, ao contrário do que sucedeu, conforme disse, no caso das associações e dos clubes de futebol do concelho, apontando até o facto de a Câmara Municipal ter assumido o pagamento dos 30% não contemplados pelo Estado no projecto de construção do novo quartel dos Bombeiros de Cabanas de Viriato.
Também o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Carregal do Sal, José Manuel Flórido, presente entre a assistência, causou algum incómodo, ao acusar a existência de pessoas do concelho que comem todos os dias em restaurantes e recebem o Rendimento Mínimo Garantido há vários anos, denunciando ao mesmo tempo a “situação miserável” em que vive uma família pobre, sem que lhe seja dado qualquer apoio social.
Na sua intervenção, o director-adjunto da Segurança Social admitiu que em Portugal se mantém ainda o estigma da pobreza, mas que a Segurança Social já conseguiu minimizá-la, baixando-a dos 46% em 2004 para um nível actual de 18%. “Se a pobreza está a retroceder é porque está a ser feito esforço para a reduzir“, observou, acrescentando que isso também sucede no concelho de Carregal do Sal através das suas IPSS. Relativamente a este concelho, apontou que o apoio da Segurança Social em termos do Rendimento Social de Inserção atinge cerca de 60 mil euros mensais e que em termos do Complemento Solidáriohá 2.300 idosos acima dos 65 anos de idade a beneficiarem do mesmo.
João Cruz apontou ainda que o concelho vai ter reforço de equipamentos sociais com o projecto do Centro de Dia e reforço do Apoio Domiciliário da Cáritas de Oliveira do Conde e com o projecto do novo Lar, Creche e reforço do Apoio Domiciliário do Centro Social Prof.ª Elisa Barros Silva, investimentos que orçam, segundo disse, em um milhão e meio de euros. Referindo-se ainda a outros benefícios no âmbito do Plano Estratégico Nacional de Combate à Pobreza, considerou que “falta divulgar para onde vão os apoios que são pedidos à Segurança Social”.
Já em fase de encerramento, Atílio Nunes e Cristina Martins elogiaram a iniciativa e a importância da mesma, achando que todos saíam dali mais solidários. Dirigindo-se a Pe. Valmor, o presidente da Câmara esclareceu que a autarquia apenas assumiu 15% do orçamento do novo quartel dos Bombeiros e que os restantes 15% são compensados com cedência das instalações do actual quartel à autarquia. Por fim, Luís Fidalgo concluiu que deste encontro saíram ideias que podem ser postas em prática, e lembrou, por o encontro ter sido realizado em Cabanas de Viriato, que Aristides de Sousa Mendes também foi um deserdado da sorte, acabando por ter como único conforto a cozinha económica, em Lisboa, onde ia comer.

Autor: Lino Dias

Dependências foram tema de sensibilização na Escola Secundária de Carregal do Sal


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Promovida pela Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação de Carregal do Sal (FAPEECS) realizou-se na sexta-feira, 13 de Maio, à noite, uma acção de sensibilização com o tema “Diga não às dependências”, dirigida à comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal e levada a efeito na sala de convívio da Escola Secundária.
Convidada para ministrar aquela acção, a psicóloga Marta Santos, técnica da Clínica de Recuperação e Tratamento da Toxicodependência (CRTT), de Carregal do Sal, centrou a sua intervenção na prevenção das (tóxico) dependências, alertando e aconselhando os presentes, em número de mais de meia centena de presenças, quanto aos factores de risco e às formas de os prevenir em família.
Tendo por referência os efeitos do álcool e de outras drogas nos jovens, a palestrante chamou a atenção para os comportamentos em família, fazendo sentir aos pais que têm de saber frustrar os filhos enquanto crianças, não lhes dando tudo o que querem, e, nesse aspecto, apontou as novas tecnologias, entre elas o computador e o telemóvel, como um novo tipo de dependências, que os pais não sabem controlar e, até em muitos casos, estimulam a utilizar, satisfazendo-lhes todas as vontades.
Ao debruçar-se sobre a razão por que os jovens têm curiosidade pelas drogas, Marta Santos frisou que não é só quem tem problemas que consome drogas, havendo outros motivos que levam à sua experimentação, como a curiosidade, o desejo de viver outras experiências, o desejo de testar limites e transgredir regras, a pressão dos amigos e dos colegas, o desafio à autoridade, o desejo de afirmação, a informação incorrecta ou ausência de informação, entre outros. Recomendou, então, aos pais que estejam atentos ao surgimento de pequenas alterações no comportamento dos filhos, tais como instabilidade emocional, momentos de grande passividade alternados com outros de grande agressividade, isolamento, secretismo, desinteresse e desmotivação em relação às actividades escolares, profissionais, desportivas, quebra de rendimento escolar ou profissional, atrasos frequentes na escola ou no emprego, dispersão, dificuldade de concentração, de memória ou de raciocínio, posse de objectos estranhos, insistentes pedidos de dinheiro e frequentes desculpas sobre objectos perdidos ou roubados.
Também a perda de apetite, a sonolência ou a dificuldade de dormir de noite, a irritabilidade, a agressividade, as mudanças de estado de ânimo, o mentir ou actuar às escondidas, a perda de interesse pelos passatempos anteriores e pelo desporto, o desaparecimento de dinheiro ou de objectos de valor em casa, além de outras atitudes estranhas, foram apontados como alterações de comportamento dos filhos a que os pais devem estar atentos.
A psicóloga recomendou, então, aos pais para não cometerem erros na forma como abordar o assunto com os filhos, e aconselhou-os sobre os comportamentos a evitar numa casa de família e sobre os que devem ser adoptados. Não dramatizar, não ameaçar, não criticar, não mostrar que notou uma mudança no comportamento do filho, falar abertamente com ele, e procurar ajuda, foram alguns dos conselhos transmitidos. Como pistas para o diálogo com os filhos, recomendou a visualização e discussão, em conjunto, de programas de televisão ou filmes, de reportagens, notícias e entrevistas, o incentivo a programar saídas em família e o incentivo à participação activa em actividades sócio-culturais, grupos desportivos, grupos de teatro, grupos de jovens.
Como Marta Santos observou no final da sua intervenção, que a acção dos pais na prevenção das dependências é fundamental e que, se existem vários factores de risco, existem também factores de protecção, chamando ainda a tenção para o facto de que nunca é cedo demais para começar a prevenir o uso de drogas e outros comportamentos danosos para a saúde dos filhos.
Uma iniciativa muito proveitosa esta, que no período de debate colheu merecidos elogios, quer no respeitante à organização quer em relação à excelente e profícua intervenção da palestrante convidada.
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Autor Lino Dias 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PAIS TÓXICOS

Nenhum pai consegue estar emocionalmente disponível a toda a hora e é perfeitamente normal que um pai grite com uma criança de vez em quando. Qualquer pai se torna ocasionalmente controlador e a maioria dos pais já deu uma palmada no seu filho, mesmo que raramente. Será que estas falhas os tornam em pais cruéis ou desadequados?

Claro que não! Os pais são apensa seres humanos e têm os seus próprios problemas e dificuldades. A maioria das crianças consegue lidar com estas falhas ocasionais uma vez que tenham amor e compreensão para contrabalançar.

Contudo… existem muitos pais cujos padrões negativos de comportamento são consistentes e dominantes na vida da criança. Estes são os pais que causam danos! À semelhança de um químico tóxico, o dano emocional causado por estes pais estende-se a todo o ser da criança, e à medida que esta cresce, também esta dor a acompanha e cresce com ela. Que palavra melhor que «tóxico» para descrever pais que infligem traumas intermináveis, abusos e depreciações, e que, na maioria dos casos, continuam neste registo mesmo depois de as crianças crescerem?!

No entanto, existem excepções para o aspecto interminável e repetitivo desta definição. O abuso físico e sexual é de tal forma traumático que uma única ocorrência é suficiente para deixar um tremendo dano emocional.

Infelizmente, ser pai ou mãe é uma tarefa que exige capacidades cruciais, mas que não se aprende de outra forma que não através dos modelos que passam de geração em geração; através de pessoas que poderão não ter feito um bom trabalho e mascararam maus conselhos em sabedoria do mais velho.

O que é que os pais tóxicos fazem aos seus filhos?

Adultos filhos de pais tóxicos, independentemente de terem sido espancados em criança, deixados sós demasiadas vezes, terem sido tratados como incapacitados, superprotegidos, sobrecarregados com culpa, molestados ou abusados sexualmente, todos partilham de sintomas similares: auto-estima danificada que leva a comportamentos auto destrutivos. De uma forma única, todos se sentem desvalorizados, mal amados e inadequados.

Estes sentimentos elevam-se a um nível muito superior uma vez que estas crianças se culpam pelos abusos dos pais, muitas vezes conscientemente, outras vezes não. É mais fácil para uma criança indefesa e dependente aceitar a culpa de ter feito algo errado para merecer a ira do pai, de que aceitar o facto assustador de que não pode confiar no pai, o seu protector.

Quando estas crianças crescem, elas continuam a carregar este fardo da culpa e da inadequação, tornando-se muito difícil, senão quase impossível para elas, construir uma auto-imagem positiva. A falta de valor próprio e confiança resultantes irão pautar a sua vida daí em diante.

Tem pais tóxicos?

Durante a sua infância:

1. O seu pai/mãe dizia-lhe que era mau ou que não valia nada? Chamava-lhe nomes insultuosos? Criticava-o constantemente?

2. O seu pai/mãe usava a dor física para o disciplinar? Batia-o com cintos, vassouras ou outros objectos?

3. O seu pai/mãe abusava de álcool ou drogas? Sentia-se confuso, desconfortável, assustado, magoado ou envergonhado com isso?

4. O seu pai/mãe encontrava-se severamente deprimido/a ou indisponível por causa de dificuldades emocionais ou doenças mentais ou físicas?

5. Teve que cuidar do seu pai/mãe por causa dos problemas deles?

6. O seu pai/mãe alguma vez lhe fizeram algo que tivesse que ser mantido em segredo? Foi sexualmente molestado de alguma forma?

7. Sentiu muitas vezes medo do seu pai/mãe?

8. Sentia medo em expressar raiva aos seus pais?

Na sua vida adulta:

1. Encontra-se actualmente em relações destrutivas ou abusivas?

2. Acredita que se se aproximar demasiado das pessoas elas acabarão por magoá-lo ou abandoná-lo?

3. Espera o pior das pessoas e da vida em geral?

4. Sente dificuldades em perceber quem é, o que sente ou o que quer?

5. Tem medo de que se as pessoas o conhecerem realmente não vão gostar de si?

6. Sente-se ansioso quando obtém um sucesso e ao mesmo tempo assustado com a ideia de que alguém vai descobrir que é uma fraude?

7. Fica triste ou irritado sem razão aparente?

8. É perfeccionista?

9. É difícil para si relaxar e apreciar o momento?

10. Apesar das suas melhores intenções, dá por sí, por vezes, a comportar-se exactamente como o seu pai/mãe?

Na sua relação com os seus pais em adulto:

1. Sente que os seus pais ainda o tratam como uma criança?

2. As maiores decisões da sua vida continuam a basear-se na aprovação dos seus pais?

3. Experiencia reacções emocionais e físicas intensas antes ou depois de passar tempo com os seus pais?

4. Sente medo em discordar dos seus pais?

5. Os seus pais manipulam-no com culpa ou ameaças?

6. Os seus pais manipulam-no com dinheiro?

7. Sente-se responsável pelo que os seus pais sentem ou pelo que os faz sentir? Acredita que a culpa é sua? A sua função é tornar as coisas mais fáceis para eles?

8. Acredita que, independentemente do que fizer, nunca será suficiente bom para os seus pais?

9. Acredita que algum dia, de alguma forma, os seus pais irão mudar para melhor e depois será mais fácil? Algum dias as coisas irão mudar por si?

Como libertar-se de pais tóxicos?

Se é filho de pais tóxicos, existem muitas coisas que pode fazer para se libertar de distorcido um legado de culpa e dúvida auto dirigida. Abandone a ilusão de que os seus pais irão mudar como que por magia e abrace a esperança realista de que se pode libertar emocionalmente do poder destrutivo que eles exercem sobre si.

Independentemente de manter uma relação conflituosa com os seus pais, de manter uma relação civilizada mas superficial, de não os ver há muito tempo, ou de ambos terem já falecido, por mais estranho que possa parecer, continua a ser controlado por eles.

Os acessos de raiva dirigidos para estas relações esgotam as energias que deveria estar a canalizar para outras partes da sua vida. E mesmo depois de mortos, muitas vezes as suas influencias se perpetuam em exigências, expectativas e culpa.

Actualmente, e depois de descobrir que pode ser ou ter sido vítima de pais tóxicos, emerge o conflito da culpa: “Então mas não sou eu o único responsável pelos meus problemas e pelas minhas dificuldades actuais?”

Claro que sim! Actualmente é responsável pela sua vida adulta, mas essa vida foi em grande parte construída com base nas experiencias de infância sobre as quais não tinha qualquer tipo de controlo.

Não é responsável pelo que lhe aconteceu na infância, enquanto uma criança indefesa!

Actualmente é responsável por tomar medidas construtivas para fazer algo em relação a isso!

(Traduzido e adaptado de: Forward, S. (2002). Toxic Parents. New York: Bantam Books.)

domingo, 22 de março de 2009

SINTOMAS DA RECAÍDA

Medo de se sentir bem.
Negação do Stress e da ansiedade normal diante de mudanças.
Compromisso inflexível com a abstinência.
Compulsão em impor sobriedade aos outros.
Atitude defensiva em falar de si mesmo ou da sua recuperação.
Comportamento rígido e repetitivo (estilo monólogo ou estilo silencioso).
Comportamento impulsivo.
Tendência ao isolamento.
Visão em túnel (segmentar) de aspectos da sua vida.
Depressão leve (falta de atenção, afectos, excesso de sono).
Perda do planeamento construtivo (metas fantasiosas, excesso de atenção a pormenores de pouca importância).
Planos começam a não ar certo.
Pensamento sonhador (sindroma do SE).
Sensação de que nada dá certo.
Desejo imaturo de ser feliz (sem fazer o que é necessário).
Períodos de confusão mental.
Irritação com os amigos (confrontação no AA ou NA).
Irritabilidade fácil (e também medo das suas raivas).
Hábitos alimentares irregulares.
Indiferença frente à vida (dificuldade em por em acção).
Irregularidade de sono (insónia seguida de exaustão e muito sono).
Perda da estrutura do 24h (dia-a-dia), períodos sobrecarregados e outros sem nada para fazer.
Períodos de depressão profunda (isolamento, irritabilidade, raiva, medos, síndroma do ninguém me liga).
Vinda irregular aos AA ou NA, começa a questionar a irmandade (racionalização).
Atitude do “estou pouco ligando” – auto-piedade.
Rejeição de ajuda (silenciosa ou com raiva).
Insatisfação com a vida (em recuperação ou a usar a vida não é muito diferente).
Intensa sensação de desamparo e de impotência.
Intensa auto-piedade - sindroma de “coitadinho de mim”.
Vontade de voltar a beber socialmente como busca de alívio.
Mentiras conscientes (julga-se entre as opções loucura, suicídio ou voltar a usar).
Perda completa da autoconfiança (incapaz de sair da armadilha).
Raivas irracionais (do mundo, da vida, de algumas pessoas, de si mesmo).
Abandono de tratamento e recuperação (desaparece das irmandades).
Sente esmagadora solidão, frustração, raiva e ansiedade.
Volta a usar com a ilusão de controlar.
Perda de controlo.